Como sobreviver à menopausa: Abordagem terapêutica
Falar da Menopausa sem tabu refere-se a uma abordagem aberta e informativa sobre a menopausa, desmistificando o processo natural da vida da mulher e abordando os aspetos físicos, emocionais e sociais envolvidos. O objetivo é normalizar a conversa, eliminando o estigma associado à menopausa e promovendo o acesso a informações, tratamentos e suporte. Compreender o que ocorre durante a perimenopausa e a menopausa pode ajudar a mulher a lidar com os sintomas e com as alterações no dia a dia. Conversar com outras mulheres que já tenham passado pelo processo ou com o médico pode ajudar e facilitar a passagem por este processo natural.
O principal objectivo da abordagem terapêutica da menopausa é aliviar os sintomas, tais como ondas de calor, problemas de sono, alterações no humor e secura vaginal.
A terapia não hormonal para a menopausa inclui mudanças no estilo de vida (dieta, exercício físico, relaxamento), medicamentos (antidepressivos, oxibutinina, gabapentina) e suplementos naturais (como os ricos em óleos essenciais e fitoestrogénios). Outras opções incluem terapias mentais-corporais como a Terapia Comportamental Cognitiva (TCC) e a hipnose clínica e técnicas de medicina não convencional como a acupuntura.
- Medidas gerais, tais como métodos de arrefecimento (por exemplo, usar ventiladores, usar roupas leves), evitar desencadeadores (tais como bebidas alcoólicas ou alimentos apimentados) e mudanças na dieta, podem ajudar na diminuição das perturbações vasomotoras.
- Para controlar perturbações do sono, pode ser necessário introduzir uma rotina de relaxamento antes de dormir, incorporar técnicas como ioga, meditação e respiração profunda na rotina diária, desenvolver bons hábitos de sono e a prática desportiva regular também podem ajudar a melhorar a qualidade do sono.
- A prática de exercícios de Kegel (exercícios que fortalecem os músculos do pavimento pélvico, que sustentam a bexiga, o intestino e a bexiga urinária) ajuda a melhorar o controle da bexiga através da contração dos músculos pélvicos como se estivesse interrompendo o fluxo urinário.
- Limitar a ingestão de líquidos em certos horários (por exemplo, antes de sair ou três a quatro horas antes de dormir).
- Evitar o consumo de alimentos que irritam a bexiga (por exemplo, líquidos que contenham cafeína e alimentos apimentados ou muito salgados).
- Caso a secura vaginal cause desconforto ou dor durante a relação sexual, o uso de lubrificantes vaginais pode ajudar. Para algumas mulheres, aplicar um hidratante vaginal diariamente ou algumas vezes por semana ajuda. Continuar sexualmente ativa ou masturbar-se também ajuda, pois estimula o fluxo sanguíneo para a vagina e os tecidos ao redor e preserva a flexibilidade dos tecidos.
Como referido anteriormente, a abordagem inicial no suporte da menopausa passa primariamente por controlar os sintomas. De forma a evitar a necessidade de outras terapêuticas, ou de forma complementar às mesmas, podemos recorrer à suplementação para nos ajudar nesta jornada.
De forma a tornar tudo mais simples, vamos sucintamente explicar cada sintoma e relacioná-los com os suplementos que possam fazer mais sentido.
Os sintomas mais comuns incluem:
Por Que Acontecem Estes Sintomas?
A menopausa ocorre devido à depleção do património folicular ovárico. Dos cerca de 700 mil folículos existentes ao nascimento, praticamente esgotam-se na menopausa, resultando na cessação da produção de estrogénio e progesterona pelos ovários.
O estrogénio não regula apenas o ciclo reprodutivo — atua em recetores distribuídos por todo o organismo: sistema nervoso central, ossos, vasos sanguíneos, coração, pele, mucosas e bexiga. A sua diminuição súbita desencadeia alterações a nível:
Caso esteja curioso sobre este assunto, pode ler mais acerca da abordagem clínica no artigo publicado no nosso blog.
Isoflavonas: O Poder dos Fitoestrogénios
As isoflavonas são compostos vegetais naturais cuja estrutura química é semelhante ao estrogénio produzido pelo nosso organismo. Por esta razão, conseguem ligar-se aos mesmos recetores celulares que o estrogénio, exercendo efeitos benéficos quando os níveis hormonais diminuem durante a menopausa.
Trevo Vermelho vs. Soja: A Vantagem Qualitativa
Embora a soja seja a fonte mais conhecida de isoflavonas (contém principalmente genisteína e daidzeína), o trevo vermelho apresenta vantagens interessantes. Esta planta contém quatro tipos principais de isoflavonas: genisteína, daidzeína, biochanina A e formononetina. A grande vantagem? A biochanina A e a formononetina presentes no trevo vermelho têm maior biodisponibilidade - ou seja, são melhor absorvidas e aproveitadas pelo organismo.
Como funcionam: As isoflavonas atuam como moduladores inteligentes dos receptores de estrogénio. Nos tecidos onde precisamos de efeitos estrogénicos (como ossos e sistema cardiovascular), comportam-se como estrogénios. Porém, em tecidos sensíveis como mama e útero, têm efeitos opostos, protegendo-os.
O que diz a ciência: Estudos demonstram que 80 mg/dia de trevo vermelho durante 3 a 6 meses reduz significativamente a frequência e intensidade dos afrontamentos, melhora o perfil de colesterol (reduz LDL e triglicéridos, aumenta HDL) e beneficia a saúde óssea e cardiovascular. A eficácia é maior quando o suplemento contém elevada proporção de biochanina A e é utilizado por pelo menos 12 semanas.
Exemplo: Cumlaude Gineseda Caps X30, cáps(s); Dr.Vegan MenoFriend 60 cápsulas.
Maca Peruana: O Adaptogénio dos Andes
A maca peruana é uma raiz utilizada há mais de 2000 anos nos Andes, reconhecida pela sua capacidade de ajudar o organismo a adaptar-se ao stress e equilibrar hormonas naturalmente.
Como funciona: Ao contrário das isoflavonas, a maca não imita o estrogénio. Em vez disso, atua no cérebro, mais especificamente no eixo hipotálamo-hipófise, ajudando a regular a produção de hormonas como FSH, LH, estradiol e progesterona. Funciona como um "maestro" que ajuda a orquestrar o equilíbrio hormonal.
Benefícios comprovados: Estudos mostram que 2 g/dia de maca pré-gelatinizada durante 3 a 4 meses reduz afrontamentos e suores noturnos, melhora sintomas psicológicos (ansiedade, depressão), aumenta energia, melhora função sexual e qualidade de vida.
Exemplo: AuriFoods Luna Bio Cream 150g; Arkocapsulas Maca Bio Caps X40
Black Cohosh (Cimicífuga): O Modulador do Humor
A cimicífuga é uma das plantas medicinais mais estudadas para sintomas da menopausa e tem sido utilizada tradicionalmente há séculos.
Como funciona: Contrariamente ao que se pensava inicialmente, a cimicífuga não age como fitoestrogénio. O seu mecanismo é diferente e fascinante: atua sobre os neurotransmissores cerebrais, especialmente a serotonina (responsável pela sensação de bem-estar) e a dopamina. Estas ações ajudam a regular o centro de controlo da temperatura corporal no cérebro, reduzindo os afrontamentos.
O que diz a ciência: Doses de 40 a 80 mg/dia durante 8 a 12 semanas demonstram redução significativa de afrontamentos, suores noturnos, alterações de humor e sintomas psicológicos, melhorando a qualidade de vida. Importante: não tem efeitos estrogénicos significativos no útero ou mama, sendo considerado seguro.
Exemplo: Ciminocta, 30 cápsulas; Arkocápsulas Cimicífuga.
Sálvia: O Regulador Natural da Temperatura
A sálvia é tradicionalmente utilizada para combater suores e afrontamentos da menopausa.
Como funciona: Os compostos ativos da sálvia (incluindo tujona, cineol e borneol) agem sobre múltiplos sistemas de neurotransmissores no cérebro, ajudando a normalizar o centro de controlo da temperatura corporal. Essencialmente, "acalmam" o termóstato do corpo que fica desregulado durante a menopausa.
Eficácia comprovada: Estudos demonstram que 300 a 1500 mg/dia de extrato de sálvia durante 4 a 12 semanas reduz significativamente afrontamentos, suores noturnos, ansiedade e fadiga, melhorando também a concentração e qualidade do sono.
Exemplo: Arkocapsulas Salva Bio caps.
Ómega-3 (EPA e DHA): Proteção Cerebral e Emocional
Os ácidos gordos ómega-3 são essenciais para a estrutura das células cerebrais e para o funcionamento adequado do sistema nervoso.
Como funcionam: O EPA e DHA integram-se nas membranas das células nervosas, melhorando a comunicação entre neurónios e a produção de serotonina e dopamina (neurotransmissores do bem-estar). Além disso, reduzem processos inflamatórios em todo o organismo e ajudam a regular a resposta ao stress.
Benefícios na menopausa: A suplementação com 1 a 2 g/dia de ómega-3 (EPA+DHA) demonstra melhorias significativas em sintomas depressivos, ansiedade, função cognitiva (memória e concentração) e qualidade do sono. Também pode ter efeitos modestos na redução de afrontamentos.
Exemplo: AuriFoods Omega 60 caps; Advancis Genipausa Gold Capsx30 cáps(s)
Vitamina D3 e K2 com Cálcio: O Trio para Ossos Fortes
A deficiência de estrogénios acelera a perda óssea na menopausa, aumentando o risco de osteoporose e fraturas.
Como funciona esta sinergia:
Vitamina D3: Aumenta a absorção intestinal de cálcio e fósforo e ajuda na formação óssea.
Vitamina K2: Ativa a osteocalcina, uma proteína essencial que "cola" o cálcio aos ossos. Além disso, impede que o cálcio se deposite nas artérias (calcificação vascular), protegendo o coração.
Cálcio: o mineral estrutural dos ossos.
Juntos, funcionam como uma equipa perfeita: a vitamina D garante que o cálcio é absorvido, a vitamina K2 garante que vai para os ossos (e não para as artérias), e o cálcio constrói estrutura óssea forte.
Protocolo recomendado:
Cálcio: 1000-1200 mg/dia
Vitamina D3: 2000-4000 UI/dia
Vitamina K2 (MK-7): 100-200 mcg/dia (idosos na pós-menopausa podem necessitar até 180 mcg/dia)
Exemplo: Vitaminicum Citrato de Cálcio 45 comprimidos (Cálcio + D3); Solgar Complexo Avançado (Cálcio + Vitaminas D3 e K2, Zinco, Boro).
Vitaminas do Complexo B: Energia e Bom Humor
As vitaminas B6, B9 (folato) e B12 são essenciais para a produção de neurotransmissores responsáveis pelo humor, pela energia e pela função cerebral.
Como funcionam: Estas vitaminas são "ajudantes" (cofatores) que permitem ao cérebro produzir serotonina, dopamina e noradrenalina - os neurotransmissores que regulam humor, motivação e energia. Sem elas, a produção destes "mensageiros da felicidade" fica comprometida.
Benefícios: Redução de fadiga e cansaço, melhoria do humor, diminuição de sintomas depressivos e ansiosos e suporte à memória e concentração.
Exemplo: Absorvit Complexo B Comp X30, comps
Vitamina E: Antioxidante e Aliada dos Vasos Sanguíneos
A vitamina E é um antioxidante poderoso que protege as células e tem propriedades vasodilatadoras.
Como funciona: Protege as membranas celulares contra danos oxidativos, regula a produção de substâncias inflamatórias (prostaglandinas) e melhora a função dos vasos sanguíneos. Estes efeitos podem ajudar a reduzir afrontamentos.
Dosagem clínica: 400 a 800 UI/dia de vitamina E natural demonstra redução moderada de afrontamentos e melhoria do perfil de colesterol, embora com menor eficácia comparativamente à terapia hormonal.
Exemplo: VE 150 mg x 20 Cápsulas (medicamento não sujeito a receita médica)
Coenzima Q10 (Ubiquinol): Energia Celular e Vitalidade
A CoQ10 é um componente essencial das "centrais energéticas" das células (mitocôndrias) e um antioxidante potente.
Como funciona: Participa diretamente na produção de ATP, a "moeda energética" das células. Sem CoQ10 suficiente, as células não conseguem produzir energia eficientemente. A forma reduzida (ubiquinol) é mais facilmente absorvida pelo organismo.
Benefícios: Aumento de energia, redução de fadiga, proteção cardiovascular e efeitos antioxidantes.
Dose recomendada: 100-200 mg/dia de ubiquinol.
Exemplo: Bioactivo Q10 Forte 100mg 30 Cáps
Ashwagandha: O Adaptogénio Ayurvédico Anti-Stress
A ashwagandha é uma planta adaptogénica da medicina tradicional indiana com vasta evidência científica para gestão de stress, ansiedade e sintomas da menopausa.
Como funciona: Os witanolídeos (princípios ativos) da ashwagandha regulam o eixo do stress (hipotálamo-hipófise-adrenal), reduzindo os níveis de cortisol (hormona do stress). Além disso, potencializam a ação do GABA (neurotransmissor relaxante) e da serotonina, exercendo efeitos calmantes, neuroprotetores e anti-inflamatórios.
Evidência científica em menopausa: Estudos em mulheres na peri e pós-menopausa demonstram que 300 a 600 mg/dia de extrato padronizado durante 8 a 12 semanas:
Benefícios adicionais: Aumenta vitalidade, melhora função sexual e desejo, regula humor e pode melhorar sintomas pré-menstruais.
Exemplo: Dr.Vegan Ashwagandha KSM-66 30 cápsulas
Magnésio: O Mineral Multifuncional
O magnésio participa em mais de 300 reações no organismo, incluindo produção de neurotransmissores, função muscular, regulação do sono e saúde óssea.
Benefícios na menopausa:
Formas biodisponíveis recomendadas: Bisglicinato, malato ou citrato de magnésio, 300 a 400 mg/dia.
Exemplo: AuriFoods Magnésio 90 caps
Todos estes suplementos funcionam através de mecanismos naturais e complementares, atuando em diferentes aspetos dos sintomas da menopausa:
✅ Isoflavonas, Maca e Black Cohosh: Regulam hormonas e sintomas vasomotores ;
✅ Sálvia: Controla a temperatura corporal ;
✅ Ómega-3 e Vitaminas B: Protegem o cérebro e regulam o humor;
✅ Ashwagandha: Reduz o stress e equilibra o sistema hormonal;
✅ Vitamina D3, K2 e Cálcio: Protegem os ossos;
✅ Magnésio e CoQ10: Aumentam a energia e reduzem a fadiga;
✅ Vitamina E: Antioxidante e melhora a circulação.
A combinação inteligente destes ativos, ajustada às necessidades individuais de cada mulher, pode proporcionar alívio significativo dos sintomas da menopausa de forma natural, segura e baseada em evidência científica.
Nota importante: Antes de iniciar qualquer suplementação, consulte o seu médico ou farmacêutico para aconselhamento personalizado, especialmente se tiver condições de saúde pré-existentes ou estiver a tomar medicamentos.
Existem medicamentos não hormonais que podem ajudar a aliviar os alguns sintomas associados à menopausa:
No entanto, a terapia hormonal é mais eficaz que todos esses medicamentos.
A terapia hormonal pode aliviar tanto sintomas moderados quanto graves da menopausa, tais como ondas de calor, suores noturnos e secura vaginal e, para algumas mulheres, prevenir ou tratar a osteoporose e melhorar a qualidade de vida de muitas mulheres ao aliviar esses sintomas. Entretanto, a terapia hormonal pode aumentar o risco de desenvolvimento de certos distúrbios graves e por isso não é recomendada se a mulher não tiver sintomas ou tiver sintomas ligeiros, se entrou na menopausa há mais de 10 anos ou se tem mais de 60 anos de idade, e é geralmente contraindicada em mulheres com: cancro da mama, cancro do endométrio, doenças cardiovasculares pré-existentes, como infarto e AVC, Lúpus, doença coronária e alterações na coagulação do sangue.
Iniciar ou não a terapia hormonal é uma decisão que precisa ser tomada em conjunto pela paciente e seu médico tomando por base a situação individual da mulher e a análise dos riscos e benefícios da terapia hormonal antes de começar a tomar os medicamentos.
Para muitas mulheres, há mais riscos do que benefícios em potencial, então não se recomenda essa terapia. Entretanto, em algumas mulheres, dependendo dos problemas de saúde e dos fatores de risco, é possível que os benefícios sejam superiores aos riscos.
No caso de mulheres saudáveis com sintomas incómodos da menopausa com menos de 60 anos de idade ou que foram diagnosticadas com menopausa há menos de 10 anos, é mais provável que os possíveis benefícios da terapia hormonal excedam os possíveis prejuízos.
Quando a terapia hormonal é indicada, inicia-se com a menor dose que consegue controlar os sintomas e pelo período mais curto. Existem várias formas de administração, incluindo pílulas, adesivos ou géis, e a escolha do tipo e da dose deve ser feita com base numa avaliação médica individualizada.
A reposição hormonal com estrogénio e progesterona costuma ser indicada para mulheres que ainda possuem útero. Já a terapia apenas com estrogénio é indicada para mulheres que realizaram histerectomia por outras patologias.
Se os sintomas estiverem afetando apenas a vagina ou o trato urinário, geralmente são administrados medicamentos vaginais que podem prevenir ou tratar a secura vaginal, e isso pode ser muito útil se a mulher tiver desenvolvido dor durante a relação sexual.
No caso de mulheres com risco de perda óssea ou fratura, a terapia hormonal pode ser recomendada para casos em que a idade é inferior a 60 anos, em que a menopausa foi diagnosticada há menos de 10 anos ou a mulher não pode tomar outros medicamentos, como os bifosfonatos que aumentam a massa óssea, para prevenir a perda óssea e fraturas.
A terapia hormonal com estrogénio pode aumentar o risco de ter:
- Cancro de mama
- Acidente vascular cerebral
- Coágulos de sangue nas pernas (trombose venosa profunda) e nos pulmões (embolia pulmonar)
- Distúrbios da vesícula biliar (como cálculos biliares)
- Incontinência urinária: Tomar estrogénio em dose plena aumenta o risco de incontinência e agrava a incontinência pré-existente. No entanto, a terapia com estrogénio vaginal em doses baixas melhora a incontinência urinária.
Embora a terapia hormonal aumente o risco dos distúrbios acima, o risco ainda é baixo em mulheres saudáveis que seguiram uma terapia hormonal por pouco tempo ou logo após a perimenopausa. O risco da maioria desses distúrbios aumenta com a idade, principalmente 10 anos ou mais após a menopausa, independentemente de seguir ou não uma terapia hormonal.
A menopausa é um marco muito importante na vida da mulher, principalmente porque pode acarretar sintomas que impactam e prejudicam a qualidade de vida. Não são todas as mulheres que apresentarão os sintomas relacionados à menopausa, ou nem sempre os sintomas são intensos a ponto de necessitar de tratamento. Porém, nessa fase muitas mudanças podem ocorrer e a avaliação pelo médico endocrinologista é fundamental para orientar se há necessidade de algum tratamento. A menopausa não é uma doença, mas uma transição natural que pode ser vivida com qualidade e bem-estar. Com o apoio adequado, esta fase pode representar um novo capítulo de saúde, vitalidade e autoconhecimento.
Iolanda Lázaro, Farmacêutica Especialista em Análises Clínicas e Genética Humana
Débora Silva, Técnica de Farmácia