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PERGUNTAS FREQUENTES

Saúde da Próstata

Certos sinais do corpo merecem atenção: A partir dos 45 anos de idade o homem deve estar mais atento à sua saúde, especialmente no que diz respeito à saúde da próstata. Alterações discretas, como a necessidade frequente de urinar ou a sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, não são alheias ao aumento da próstata e falar sobre isso não devia ser um tabu. Existem alterações deste órgão que, quando detetadas numa fase inicial e devidamente acompanhadas podem evitar a progressão das patologias da próstata. 


O que é a próstata? 


A próstata é uma glândula exócrina que faz parte integrante do aparelho uro-genitário masculino, habitualmente do tamanho de uma noz, situa-se por baixo da bexiga, à frente do recto e atrás da base do pénis. Situa-se na confluência das vias genitais e urinária, atravessada pela uretra, e está circundada pelos músculos do pavimento pélvico que contraem durante a ejaculação. Este órgão tem como função produzir e armazenar um fluido incolor e ligeiramente alcalino e rico em substâncias nutritivas e fluidificadoras do esperma, que constitui 10-30% do volume do líquido seminal.


Quais são as patologias mais habituais da próstata?


As três patologias principais desta glândula são o cancro da próstata, o adenoma da próstata ou hiperplasia benigna da próstata e a prostatite. O cancro da próstata é na esmagadora maioria dos casos um adenocancro, ou seja, um tumor maligno de origem glandular e muitas vezes influenciado pelas hormonas esteroides, e diferencia-se dos outros cancros pela sua lenta evolução, o que faz com que alguns sintomas só se manifestem em fases avançadas da doença.


Apesar da sua lenta evolução e da manifestação tardia dos seus sintomas, o cancro da próstata pode ser diagnosticado através de exames médicos específicos, como sejam a realização de um exame digital (com palpação da zona afetada através de toque retal) e de uma análise sanguínea a um marcador tumoral. Com estes exames é possível detetar-se a doença antes do aparecimento dos sintomas.


A prostatite é a inflamação ou infeção da próstata que pode causar dor na zona pélvica, dificuldade em urinar, dor ao ejacular e urgência urinária. Pode ser aguda (com sintomas intensos) ou cronica (com sintomas mais leves e persistentes) e pode ser de origem bacteriana (infeções causadas por bactérias, geralmente vindas do intestino ou da bexiga, que chegam à próstata através da uretra) e não bacteriana (causas pouco compreendidas que podem envolver factores inflamatórios não infeciosos ou espasmos musculares). Trauma local repetitivo como andar de bicicleta, mota ou cavalo também pode ser uma causa.


Sintomas comuns


•    Dor ou ardor ao urinar
•    Dificuldade em urinar ou sensação de esvaziamento incompleto da bexiga
•    Necessidade frequente e urgente de urinar
•    Dor na região entre o escroto e o anus, na parte inferior das costas, no pénis ou nos testículos
•    Dor ao ejacular
•    Febre, calafrios e mal-estar geral, especialmente na forma aguda
•    Náuseas e vómitos (em alguns casos)


Diagnóstico


•    O diagnóstico é feito por um urologista com base nos sintomas e exame físico.
•    A realização de exame microbiológico da urina e do esperma pode ser necessária para a identificação da bactéria e  respectivo antibiograma
•    Exames de imagem (ultrassonografia transrectal, ressonância magnética) podem ser usados para visualizar a próstata e excluir outras condições.

 

Tratamento


•    Prostatite bacteriana: Antibióticos, por vezes durante um período prolongado.
•    Outros tratamentos: Banhos de assento quentes, analgésicos e anti-inflamatórios para alívio da dor, relaxantes musculares e/ou ansiolíticos e fisioterapia do assoalho pélvico

 

A Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP) trata-se de um aumento benigno no número de células da próstata e do tamanho da próstata que afeta muitos homens, especialmente à medida que envelhecem. Este crescimento pode causar uma obstrução da uretra prostática e surgirem alguns sintomas como fraco fluxo urinário, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, aumento da frequência da vontade de urinar, urinar muitas vezes ao longo da noite, aparecimento de sangue na urina ou no esperma, dor ou ardor ao urinar ou ao ejacular e ainda perdas involuntárias de urina. Pode ser tratada com medicamentos ou, em casos mais graves, através de cirurgia.


Sintomas comuns


•    Dificuldade em iniciar a micção.
•    Sensação de não conseguir esvaziar completamente a bexiga.
•    Micção frequente, especialmente durante a noite (noctúria).
•    Urgência urinária.

 

Causas


•    A causa exata não é totalmente compreendida, mas está associada ao processo de envelhecimento e a alterações hormonais, nomeadamente a testosterona.
•    A idade é o fator de risco mais significativo; é muito comum em homens com mais de 50 anos.

 

Tratamento


•    O tratamento depende da gravidade dos sintomas. 
•    Pode incluir a prescrição de medicamentos para relaxar os músculos da bexiga ou reduzir o tamanho da próstata.
•    Em alguns casos, pode ser necessária uma cirurgia para remover parte da próstata e aliviar a pressão na uretra.
•    Mudanças no estilo de vida, como reduzir a ingestão de líquidos à noite e evitar alimentos e bebidas irritantes para a bexiga, também podem ajudar.

 

Importante


•    A HBP não aumenta o risco de desenvolver cancro da próstata, mas ambas as condições podem coexistir ao mesmo tempo.
•    Se a HBP não for tratada, pode levar a complicações como infecções urinárias ou, em casos graves, lesões renais.

 


O cancro da próstata é um tumor maligno que geralmente é silencioso e de crescimento lento, com sintomas que surgem em estágios mais avançados da doença, como problemas urinários, sangue na urina ou esperma, e dor nas costas, ancas ou coxas. É fundamental o diagnóstico precoce através de exames como o toque retal e análise do PSA, especialmente em homens a partir dos 50 anos, ou dos 45 se houver histórico familiar.
Representa a 3ª causa de morte por cancro no homem, atrás do cancro do pulmão, sendo o cancro mais frequente nas faixas etárias acima dos 50 anos e é tualmente mais letal para os homens que o cancro da mama para as mulheres. Em Portugal estima-se que tenha uma incidência de 82 casos por 100 000 habitantes e uma mortalidade de 33 por 100.000 habitantes. Representa cerca de 3,5% da mortalidade nacional e mais de 10% das fatalidades por cancro.


Sintomas


•    Dificuldade em iniciar ou parar o fluxo, necessidade frequente de urinar (principalmente à noite), fluxo fraco ou intermitente, ou sensação de que a bexiga não esvaziou completamente.
•    Dor ou ardor ao urinar, dificuldade em ter uma ereção, sangue na urina ou no esperma, e dores frequentes na zona lombar, ancas ou coxas.
•    Cancro avançado: Os sintomas podem indicar que o cancro apresenta metástases noutras partes do corpo, como ossos ou gânglios linfáticos.
Diagnóstico
•    Exame físico: O toque retal é um método rápido para o médico avaliar o tamanho e a forma da próstata.
•    Análise de PSA: Um exame de sangue que mede o nível do Antígeno Específico da Próstata (PSA), um marcador que pode estar elevado em casos de cancro.
•    Outros exames: Se houver suspeita, o médico pode pedir exames de imagem (como ecografia, TAC ou Ressonância Magnética) e, o diagnóstico definitivo é feito através de uma biópsia, onde pequenas amostras de tecido da próstata são retiradas e analisadas.

 

Fatores de risco


Os fatores de risco bem estabelecidos de cancro da próstata são não modificáveis: idade, etnia, história familiar e presença de determinadas mutações genéticas:
•    Idade: é sabido que o cancro da próstata afeta principalmente homens com mais de 50 anos e que o seu risco aumenta com a idade. É raro em homens mais jovens, até os 40 anos, desenvolvendo-se geralmente acima dos 65 anos
•    História familiar: O risco de cancro da próstata é maior nos homens com história familiar do cancro da próstata, aumentando duas vezes se existir um familiar em primeiro grau com a doença
•    Etnia: Este tipo de cancro é mais frequente em homens afrodescendentes e menos frequente em homens asiáticos
•    Níveis hormonais: Existem alguns estudos que indicam que há fatores hormonais que contribuem para o seu desenvolvimento
•    Estilos de vida: A obesidade tem sido apontada como um importante fator de risco para o desenvolvimento do cancro da próstata. Também o consumo de carne vermelhas e gordura parece ser um dos principais responsáveis
•    Factores ambientais: A contaminação atmosférica, a poluição e a exposição a algumas substâncias tóxicas são fatores de risco.

 

Tratamento


O tratamento varia consoante o estágio do tumor:
•    Vigilância ativa: Acompanhamento de tumores em estágio inicial e de baixo risco.
•    Cirurgia: Remoção da glândula prostática (prostatectomia radical).
•    Radioterapia: Utilização de radiação para destruir as células cancroígenas, que pode ser feita por radioterapia externa ou com implantes radioativos (braquiterapia).
•    Terapia hormonal: Uso de medicamentos para retardar o crescimento do cancro.
É crucial consultar um médico regularmente para exames de rastreio, especialmente se estiver no grupo de risco, para garantir um diagnóstico e tratamento precoces.


O que é o PSA - Antígeno Prostático Específico?


O PSA, ou Antígeno Prostático Específico é uma glicoproteína com função enzimática, produzida exclusivamente pelas células epiteliais da próstata, cuja função consiste na liquefação do líquido seminal. Existe no sangue num valor reduzido (V.R.: < 4 ng/mL) e qualquer alteração na estrutura morfológica e histológica da próstata, quer seja um aumento benigno, inflamação/infecção ou tumor, pode ser traduzido num aumento da quantidade de PSA circulante (é específico para a próstata, mas não para cancro da próstata). No soro, circula na forma livre (inativo) e conjugado, preferencialmente ligado às antiproteases como a ACT e as macroglobulinas. É usado universalmente como marcador tumoral no diagnóstico inicial, na estratificação do risco, na monitorização da resposta à terapêutica e o seu valor permite distinguir entre doença localizada e doença metastizada. É um teste minimamente invasivo e exequível, de fácil acesso, com uma baixa taxa de falsos negativos


Quando realizar o rastreio?


•    O rastreio do cancro da próstata utilizando o PSA aparenta reduzir a mortalidade por cancro da próstata, embora a quantificação do benefício não seja consensual.
•    O rastreio sistemático deverá ser realizado em homens com idade superior a 55 anos e inferior a 70 anos (ou, até ter uma esperança de vida inferior a 15 anos, o que ocorrer primeiro)
•    Em caso de história familiar ou mutação conhecida do gene BRCA2 estes rastreios deverão ser iniciados 5 anos mais cedo.
•    O rastreio oportunista poderá ser realizado em homens (após explicação individual dos potenciais riscos e benefícios e com decisão partilhada entre médico e doente):
               - com idade entre os 50 e os 55 anos
               - com mais de 70 anos e uma esperança de vida superior a 10 anos       
•    O rastreio consiste no doseamento sérico do PSA, com a seguinte periodicidade:
                - De 5 em 5 anos, se PSA prévio <1ng/mL
                -  De 2 em 2 anos, se PSA prévio 1-3ng/mL
                -  Anual, se PSA >3ng/mL

Um nível elevado de PSA pode indicar cancro de próstata, mas também pode ser causado por condições benignas como inflamação ou aumento benigno da próstata. Por isso, um resultado elevado não é um diagnóstico definitivo e requer avaliação médica adicional, como o toque retal e outros exames, para um diagnóstico preciso.          


Como interpretar os resultados


•    Um valor de referência comum é de 4,0 ng/ml, mas é importante notar que os níveis de PSA variam com a idade e outros fatores.
•    Níveis mais altos de PSA aumentam o risco de cancro, mas um valor abaixo de 4,0 ng/ml não garante que não exista a doença.
•    Um resultado elevado não significa automaticamente cancro da próstata; a causa pode ser benigna, como uma infecção da próstata, inflamação ou crescimento benigno.
•    Um resultado elevado requer mais investigação médica, que pode incluir um exame físico, como o toque retal, para avaliar o risco.


Recomendações


•    Um aumento do valor do PSA em si não é uma prova de cancro da próstata. É essencial consultar um médico urologista para uma avaliação completa, que pode incluir outros exames, como o toque retal.
•    Algumas condições não recomendam o rastreio, como infecções urinárias ou prostatites recentes, e é importante informar o profissional de saúde sobre quaisquer condições recentes.

 

Iolanda Lázaro, farmacêutica
Especialista em Análises Clínicas e Genética Humana

 

Saúde da Próstata

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