Após quase seis anos da pandemia de COVID-19, as vacinas continuam a ser uma das maiores conquistas científicas, salvando milhões de vidas e reduzindo a gravidade da doença. Desenvolvidas com tecnologias avançadas, elas protegem contra hospitalizações e sequelas, mesmo com variantes em evolução.
Contudo, existem vários mitos à volta deste assunto. Iremos clarificá-los e relembrar os benefícios e razões para manter a vacinação atualizada em 2025.
A desinformação sobre vacinas gerou desconfiança, mas evidências científicas robustas desmontam esses mitos.
Mito: As vacinas foram desenvolvidas às pressas, são perigosas, causam infertilidade, alteram o ADN ou são atualizadas apenas por lucro.
Realidade: Foram criadas rapidamente graças a tecnologias pré-existentes (como o mRNA, estudado há décadas), investimentos globais e testes rigorosos com milhares de participantes. Passaram por todas as fases clínicas, comprovando segurança e eficácia superior a 90% contra formas graves nas formulações iniciais.
Fig.1: As diferentes vacinas contra a COVID-19 e como funcionam.
Os riscos são raros e leves (dor no braço, fadiga), com eventos graves como miocardite ocorrendo em cerca de 1-70 por milhão de doses, principalmente em jovens do sexo masculino, mas o risco após infeção é substancialmente maior. Não alteram o ADN, não causam infertilidade (são seguras para grávidas) e não contêm o vírus vivo. O risco da doença é muito maior.
As atualizações anuais são necessárias devido às mutações do vírus, semelhantes às da gripe, mantendo uma proteção elevada contra hospitalizações (70-90%). Não causam coágulos graves (mais comuns na infeção) e são eficazes contra as variantes.
Mito: As vacinas contra COVID-19 causam infertilidade em mulheres ou homens.
Realidade:Não há evidência científica que apoie isso. Estudos extensos, incluindo análises de fertilidade em vacinados, mostram que as vacinas não afetam a reprodução. Já a COVID-19 em si pode causar problemas de fertilidade temporários, tornando a vacinação uma proteção.
COVID Longa e a Sua Relação com a Vacinação
Mito: A COVID longa é causada ou piorada pelas vacinas.
Realidade: As vacinas protegem - reduzem o risco de COVID longa em cerca de 24-29%, e doses pós-infeção melhoram os sintomas em até 50%. Elas não causam a condição; pelo contrário, previnem infecções graves que levam a sequelas.
Benefícios, Riscos e Atualizações
As vacinas ensinam o corpo a combater o vírus, reduzindo internações e mortes. Atualizadas para 2025-2026, visam variantes como LP.8.1 (descendente de JN.1), com eficácia de cerca de 33% contra visitas de emergência, mas superior (até 75-90%) contra formas graves e hospitalizações.
Os benefícios principais incluem:
Os reforços são cruciais, pois a imunidade diminui com o tempo. Embora não seja um "tratamento", a vacinação é essencial para prevenção e reduz a gravidade em infetados.
Os riscos são leves e transitórios (dor, fadiga). Eventos raros, como miocardite em jovens, ocorrem, mas a doença é muito pior.
Deste modo, devem-se priorizar idosos, imunocomprometidos e grupos de risco, mas consultar um médico para todos, especialmente durante ondas sazonais. Para jovens saudáveis, os benefícios superam largamente os riscos.
A vacinação destacou a importância da cooperação global e da equidade no acesso, revelando desigualdades que precisam ser corrigidas. A vigilância contínua garante adaptações rápidas a novas variantes.
As vacinas contra a COVID-19 provaram ser seguras e eficazes, salvando vidas e mitigando impactos da pandemia. Após seis anos, elas permanecem uma ferramenta vital. Consulte fontes confiáveis como a OMS e o CDC, evite mitos e priorize a vacinação – ela salva vidas.