Indispensável para a vida, o sol tem um poder direto na saúde e no bem-estar das pessoas. Quase todos o veneram, mas muitos não podem usufruir dele plenamente. Razão? O sol pode causar alergias.
As fotodermatoses podem ser de causa desconhecida ou idiopática, doenças hereditárias, fotossensibilidade a substâncias químicas exógenas aplicadas na pele ou a medicamentos ingeridos. Trata-se de uma reação imunoalérgica de causa desconhecida e que parece acontecer por alterações proteicas desencadeadas e induzidas pela exposição à luz solar, sendo as radiações responsáveis os ultravioletas UVA (340 – 400 nanometros).
Este problema é muito comum e na maior parte das vezes desaparece sem necessidade de tratamento.
Entre as fotodermatoses idiopáticas, a mais frequente é a lucite estival benigna (erupção polimórfica à luz ) que afeta 10 a 20% da população que ocorre ao 2º ou 3º dia de exposição solar, surge nas zonas habitualmente não protegidas (decote, dorso, coxas…) caracterizada pela presença de vermelhidão com pequenas borbulhas, irritação e comichão intensa. Estes sintomas podem durar 1 a 7 dias e geralmente desaparece num período de alguns dias ou semanas. As mulheres têm uma probabilidade 2-3 vezes superior e o risco diminui após a menopausa. As pessoas que vivem nos climas do norte, que não se expõem ao sol regularmente também são mais propensas.
A alergia ao sol pode causar diferentes sintomas, dependendo da causa do problema, incluindo:
- Vermelhidão
- Urticária
- Pequenos altos ("babas" ou bolhas) que podem evoluir para manchas com inchaço (como o eczema)
- Descamação, crosta ou hemorragia
- Dor nas zonas afetadas
- Mais raramente, as manchas vermelhas podem parecer na íris ou lesões-alvo1.
Fatores de risco
A causa principal da alergia ao sol é a própria luz solar, nomeadamente os raios UVA no entanto existem fatores de risco nos quais se incluem:
- Tipo de pele: qualquer pessoa pode ter uma alergia ao sol, contudo, alguns tipos são mais comuns, (fototipos 1 e 2), as crianças.
- Exposição a certas substâncias
- Administração de certos fármacos que são fotosensibilizantes: alguns antibióticos, ansiolíticos, antidepressivos tricíclicos, medicamentos de quimioterapia, diabetes, tratamentos antimaláricos e antifúngicos, tratamentos para o acne com isotretinoína, cardiovasculares e diuréticos são alguns dos fármacos que podem tornar a pele mais sensível ao sol.
- Patologias cutâneas: pessoas com dermatite têm maior risco de ter uma alergia ao sol.
- Histórico familiar de alergia ao sol: pensa-se existir uma afeção genética que tornsa mais provável a ocorrência de alergia ao sol se houver familiares diretos com o mesmo problema.
Como é feito o tratamento
O principal tratamento contra a alergia ao sol é a prevenção. Tal significa limitar a exposição solar com hábitos inteligentes de proteção e o protetor solar adequado.
Por norma, a alergia ao sol tende a desaparecer por si só ao fim de algumas horas. Se os sintomas persistirem, é importante tomar algumas precauções:
- Em primeiro lugar, evite a exposição ao sol para evitar o agravamento da condição.
- Manter a pele bem hidratada é essencial para ajudar na recuperação e alívio da sensação de desconforto.
- A aplicação de cremes com uma ação calmante, como os que contêm aloe vera, pode ser benéfica.
Podem ser indicados anti-histamínicos orais e cortisona tópica para aliviar a comichão e o desconforto.
A toma de Polypodium leucotomos (um suplemento alimentar à base de alguns tipos de samambaias tropicais) ou nicotinamida (uma forma de vitamina B3) por via oral em associação com licopeno e betacarotenos pode ajudar a prevenir sintomas em pessoas suscetíveis à fotossensibilidade causada pela exposição ao sol.
O Heliocare Ultra-D foi pioneiro nesta categoria, e contém o complexo Fernblock® (com extrato de Polypodium leucotomos, 480mg), vitamina D (5μg)), e uma mistura de antioxidantes (luteína, vitaminas C e E, e licopeno) que vão ajudar a conferir uma maior resistência à pele face à exposição solar.
O SunISDIN Cápsulas Orais - Suplemento Alimentar Com Vitamina D é um suplemento alimentar que contém VitAox Ultra, que ajuda a preparar a sua pele para a exposição solar. Contém antioxidantes, carotenóides e vitamina D que protegem a pele, que apresentam benefícios para o nosso organismo, combatendo os radicais livres que provocam o envelhecimento da pele e protegem a pele dos danos provados exposição solar.
O Lierac Sunissime Duo é um suplemento que promove um bronzeado rápido, intenso, de longa duração. Preparar a pele para a exposição solar, reforça a proteção celular da pele e mantém o bronzeado. Ajuda as peles mais sensíveis na prevenção da Lucite Estival Benigna.
A palavra-chave para este tipo de alergia é a prevenção.
Se tem uma alergia ao sol ou um aumento da sensibilidade da pele ao sol, há algumas estratégias que podem ajudar a prevenir uma reação alérgica:
- Evitar ou limitar o tempo de exposição solar entre as 10h e as 16h.
- Evitar expor-se ao sol de forma repentina na primavera e no verão: aumente gradualmente o tempo passado ao ar livre para que a pele se "habitue" à luz do sol e evite "escaldões".
- Aplicar protetor solar de largo espetro e com FPS 50, no mínimo e que apresentam proteção anti-UVB e anti-UVA (contra os raios UVA longos). Use-o antes da exposição solar e reaplique-o de duas em duas horas ou sempre que nadar ou transpirar.
- Certifique-se de que o seu protetor solar foi desenvolvido para pele sensível, reativa e com tendência para alergias, para evitar reações.
- Manter a pele coberta com roupa leve, como linho ou algodão que proteja a pele da exposição solar, como camisolas de mangas compridas e chapéus de aba larga, de tecidos opacos aos raios ultravioleta.
- Usar sempre óculos de sol
- Verificar se algum medicamento que toma pode provocar uma reação alérgica ou fotosensilidade.
É crucial sublinhar que alguns tipos de alergia são hereditários, por isso nem sempre é possível evitá-los.
Se não conseguir reduzir os sintomas ou a probabilidade de desencadear uma reação, é aconselhável consultar um médico especialista.
Iolanda Lázaro, Farmacêutica Especialista em Análises Clínicas e Genética Humana