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Secura vaginal e o bem-estar feminino

Comichão, queimação, ardor, desconforto, corrimento diferente do normal e/ou dor durante as relações sexuais e masturbação? Se acha que estes sintomas apenas acontecem em mulheres após a menopausa, desengane-se, a secura vaginal e a falta de lubrificação é algo comum que pode acontecer em todas as idades.

Porque é que me sinto um pouco "seca" lá em baixo?

A mucosa vaginal é uma área sensível coberta por uma camada húmida protetora que, quando está em falta, facilita lesões. Basta pensarem nos nossos lábios no Inverno que, quando está muito frio, gretam. O mesmo acontece com a vagina, quando está mais seca, a fricção causada durante a penetração, pode criar fissuras vaginais. Esta secura vaginal pode ter causas físicas ou psicológicas, caracterizando-se por baixas concentrações de estrogénios que impedem a lubrificação da mucosa.

1. Alterações Hormonais

Os níveis de estrogénios na mulher sofrem grandes mudanças durante o próprio ciclo menstrual, durante a menopausa, amamentação e no pós-parto. Assim, é normal que nestas fases, a lubrificação vaginal seja menor, resultando numa diminuição da libido e desinteresse sexual.

Em mulheres afetadas pela quimioterapia, remoção dos ovários e terapia de radiação na pélvis, o seu corpo produz também menos estrogénios.

2. Medicação

Muitos medicamentos podem alterar os níveis hormonais da mulher, especialmente quando falamos da pilula contracetiva e de antidepressivos. Estes podem ter um efeito negativo na lubrificação vaginal.

3. Fatores emocionais

A tristeza, ansiedade e depressão são estados que pode deixar uma mulher sem desejo sexual, o que para além de limitar a interação com o parceiro, pode limitar a produção natural de lubrificação necessária para a relação sexual.

4. Atividade Sexual e parceiro

Para além dos fatores acima referidos, na hora H, a mulher precisa estar relaxada e com a libido alta para possibilitar uma boa lubrificação. Por isso, as preliminares são essenciais.

Para aumentar a excitação e, por conseguinte, aumentar a lubrificação, o autoconhecimento é a palavra-chave. Saber o que cada um gosta e não gosta, e tentar discutir preferências sexuais conduz a que ambos tenham maior prazer durante a relação sexual.

Como tratar a secura vaginal e falta de lubrificação?

A secura vaginal é uma condição inconveniente e às vezes dolorosa principalmente durante o ato sexual. Mas ter secura vaginal não significa que a mulher tenha de estar sempre desconfortável. Na Farmácia da Liga temos soluções que ajudam a evitar essas lesões e permitem viver uma sexualidade plena e mais agradável.

1. Hidratantes vaginais: formulações aquosas hidratantes indicadas para mulheres que sofrem de secura vaginal diária por diversos fatores, aliviando a secura vaginal e proporcionando maior conforto. Estes podem ser utilizados de forma prolongada e regular, como o Isdin Woman Hidratante Íntimo Vulvar. Geralmente, também são adequados para serem utilizados durante a relação sexual, como é o caso do Durex Íntima Protect gel Prebiótico.

2. Preservativos lubrificantes: preservativo com lubrificante à base de água, que oferece uma ação extra lubrificante, permitindo maior conforto durante as relações sexuais, como é o caso do Durex Naturals Preservativos Lubrificantes.

3. Gel Lubrificante: formulados à base de água, óleo ou silicone e apresentam-se maioritariamente em gel. Os lubrificantes não são de uso diário e contínuo, mas sim para aplicação antes ou durante a relação sexual, na vagina, vulva, pénis ou objetos sexuais, com o objetivo de atenuar o desconforto e facilitar a penetração. Ao contrário dos lubrificantes de água, os de óleo não podem ser utilizados em conjunto com o preservativo e os de silicone não podem ser utilizados em brinquedos sexuais. Para além de aliviar o desconforto durante o ato sexual, existe uma variedade de sensações que os lubrificantes podem proporcionar, desde lubrificantes que se transformam em óleo de massagem, com sabor a frutas e até lubrificantes que dão sensações de frio e calor, como Control Hot Passion 3 em 1.

Sofia Araújo, Farmacêutica

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